A psoríase é uma doença de pele crônica e não contagiosa que causa o aparecimento de manchas avermelhadas e descamativas na pele. Essas manchas, conhecidas como placas, podem surgir em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e parte inferior das costas. A psoríase é causada por um mau funcionamento do sistema imunológico, que leva a um aumento na produção de células da pele, resultando em um ciclo de renovação celular acelerado. Isso faz com que as células da pele se acumulem na superfície da pele, formando as placas características da psoríase. Além das placas, a psoríase também pode afetar as unhas e o couro cabeludo, e em alguns casos, pode estar associada a outras condições, como artrite psoriásica.

Atualmente, não há cura definitiva para a psoríase. No entanto, existem várias opções de tratamento disponíveis que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Esses tratamentos incluem terapias tópicas, orais, fototerapia e biológicos. O objetivo do tratamento é reduzir a inflamação, aliviar os sintomas e prolongar os períodos de remissão. Com o acompanhamento adequado de um dermatologista e o uso consistente de tratamentos, muitas pessoas com psoríase conseguem manter a doença sob controle e levar uma vida normal e produtiva.

Vários fatores podem desencadear ou piorar os sintomas da psoríase em pessoas predispostas à condição. Alguns dos principais fatores desencadeantes incluem:

1. Estresse: O estresse emocional pode desencadear ou piorar os surtos de psoríase em algumas pessoas.

2. Infecções: Infecções, especialmente infecções de garganta causadas por estreptococos, podem desencadear ou piorar a psoríase, especialmente a psoríase gutata.

3. Lesões na pele: Lesões na pele, como cortes, arranhões ou queimaduras, podem desencadear o desenvolvimento de placas de psoríase na área afetada, um fenômeno conhecido como fenômeno de Koebner.

4. Frio e clima seco: O clima frio e seco pode causar ressecamento da pele, o que pode desencadear surtos de psoríase ou piorar os sintomas existentes.

5. Medicamentos: Alguns medicamentos, como beta-bloqueadores, lítio e medicamentos antimaláricos, podem desencadear ou piorar os sintomas da psoríase em algumas pessoas.

6. Consumo de álcool e tabagismo: O consumo excessivo de álcool e o tabagismo podem estar associados a um risco aumentado de desenvolvimento ou piora da psoríase.

7. Obesidade: A obesidade está associada a um risco aumentado de desenvolvimento e gravidade da psoríase, além de reduzir a resposta ao tratamento.

É importante ressaltar que os desencadeadores podem variar de pessoa para pessoa, e nem todos os pacientes com psoríase serão afetados pelos mesmos fatores. Identificar e evitar esses desencadeadores individuais pode ajudar a reduzir a frequência e a gravidade dos surtos de psoríase.

Sim. Os medicamentos biológicos revolucionaram o tratamento da psoríase, especialmente para pacientes com formas graves ou resistentes a tratamentos convencionais. Aqui está uma visão geral de como esses medicamentos são usados no tratamento da psoríase:

1. Avaliação do Candidato: Antes de iniciar um tratamento com biológicos, o paciente é avaliado por um dermatologista especializado em psoríase. É importante determinar se o paciente é um candidato adequado para esse tipo de tratamento, levando em consideração a gravidade da psoríase, histórico médico, condições médicas preexistentes e outros fatores.

2. Escolha do Biológico: Existem diferentes tipos de medicamentos biológicos disponíveis para o tratamento da psoríase, incluindo inibidores do TNF-alfa, inibidores de interleucina, entre outros. A escolha do biológico específico depende da gravidade da psoríase, resposta ao tratamento prévio, presença de artrite psoriática (se aplicável) e outras considerações individuais do paciente.

3. Administração: Os biológicos são geralmente administrados por injeção subcutânea ou intravenosa. A frequência das injeções pode variar de acordo com o medicamento prescrito. Alguns biológicos são administrados com mais frequência (por exemplo, semanalmente ou a cada duas semanas), enquanto outros podem ser administrados com menos frequência (por exemplo, a cada 8 semanas).

4. Monitoramento e Ajuste: Após iniciar o tratamento com biológicos, o paciente é monitorado de perto para avaliar a resposta ao medicamento e possíveis efeitos colaterais. O tratamento pode ser ajustado conforme necessário com base na eficácia e tolerabilidade. Se um biológico não estiver funcionando adequadamente ou causar efeitos colaterais intoleráveis, o médico pode optar por mudar para outro medicamento biológico.

5. Tratamento Combinado: Em alguns casos, os biológicos podem ser usados em combinação com outros tratamentos para psoríase, como terapia fotodinâmica, terapia sistêmica ou tratamentos tópicos. A combinação de diferentes modalidades de tratamento pode proporcionar melhores resultados para alguns pacientes.

6. Acompanhamento a Longo Prazo: O tratamento com biológicos geralmente requer acompanhamento a longo prazo para monitorar a eficácia do medicamento e detectar quaisquer efeitos colaterais ou complicações. Os pacientes podem precisar continuar com o tratamento por períodos prolongados para manter os sintomas sob controle.

É importante ressaltar que o uso de biológicos para o tratamento da psoríase geralmente é reservado para pacientes com formas graves da doença ou para aqueles que não responderam adequadamente a outras formas de tratamento. Esses medicamentos também podem apresentar riscos e efeitos colaterais, por isso devem ser usados sob supervisão médica adequada.